quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fan Film melhor que Hollywood




Ávidos por fazer justiça com os seus super-heróis preferidos, muitos fans produzem suas próprias versões do que realmente gostariam de tirar das páginas dos quadrinhos. É claro que existem as aberrações, com recortes de vários filmes, contudo tem gente que junta duas paixões: um bom enredo e cinema. Um ótimo exemplo disso é um fan film chamado "City of Scars" , este coloca no centro da trama Batman e o Coringa, é um curta metragem de 30 minutos que foi rodado em apenas 21 dias, levou 16 meses para ser finalizado e custou 27 mil dólares.

Os valores podem ser modestos até mesmo para produções independentes de produtoras americanas, mas para um fan film a produção ficou impecável. A fotografia é muito bem cuidada, a textura e a luz do filme, o enredo – só temos que dar um desconto com o ator que fez o Batman, por talvez, um "over acting" foi um pouco além da interpretação, muita pose.

A trama coloca o homem morcego na função mais praticada por ele, a de detetive, seus acessórios são só acessórios e não um monte de bugigangas para vender brinquedos. Não tem armadura, não tem armas de fogo, muito menos bat-espanta tubarões (cena tosca da série da década de 60). Bom, quem realmente costuma ler as Grafic Novels, raramente viu alguma cena do Batman usando armadura; por motivos óbvios nunca usou arma de fogo (para os não nerds: os pais morreram vítima de arma de fogo e o mesmo tem repúdio a elas); e um bat-espanta tubarões nem nos mas loucos dos sonhos do coringa aconteceu.

Pois bem, por esses motivos este bom filme da produtora de Schoenke, a Bat in the sun, produziu um curta pra colocar no chinelo a maioria dos filmes de Batman de Hollywood – tudo bem que os dois últimos estão melhorzinhos, mas excesso de armadura, armas de fogo e bat-trecos (para vender brinquedos) ainda os condenam. Bat-maníaco a parte, Aaron Schoenke e seu pai – autores do filme – capricharam na fotografia, no tratamento da imagem e fidelidade ao original. Muito bom confiram.

Por: Rodrigo Nunes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário